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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

JOSEFINA FERREIRA GOMES DE LIMA EM: AS MULHERES DO CORDEL


Um rei chamado Luiz (com “Z”)
*
 Peço a Deus, divino Pai,
 Ilumine a minha mente
 Pra falar de um nordestino
 Homem sábio, inteligente:
 O grande Luiz Gonzaga
 Cidadão forte decente.
*
 No sertão pernambucano
 O grande, artista nasceu.
 Luiz Gonzaga é o nome
 Que o músico recebeu.
 Começou tocar aos oito
 Na sanfona que o pai deu.
*
 No contexto nordestino
 Nasce o filho de Santana,
 Ouvindo o pai Januário
 Tocar moda de sanfona
 Em pouco tempo domina
 Esta arte tão soberana...
*
JOSEFINA FERREIRA GOMES DE LIMA, nascida em 08 de setembro de 1963, no município de São João do Piauí, PI.Filha de Maria Gomes Ferreira e Faustino Ferreira de Sá. Professora da Rede Estadual de Educação. Licenciada em Letras/Português e Pedagogia, Especialista em Literatura e Práticas Culturais e em Mídias na Educação e Mestre em Letras/Literatura. Já lançou os seguintes folhetos: A história da escrita das paredes das cavernas à tela do computador; Fragmentos da cultura de São João do Piauí; Aventura Maldita; Parque Eliane em Cordel: Lutas, aprendizagens e desafios; Apague o Cigarro antes que ele te apague e Batalhado Jenipapo: a peleja piauiense pela independência do Brasil e, ainda, participou de uma Antologia Transcultural de Poesia feminina com mais 13 poetisas.
*
Dando continuidade a pesquisa das Mulheres no Cordel, um trabalho de pesquisa que faço na intenção de montar uma galeria de mulheres cordelistas. Com algumas mulheres tenho conversado por telefone, com outras por e-mail e tenho complementado o trabalho pesquisando na internet.
Dalinha Catunda*

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O PERIQUITO EM QUESTÃO

O PERIQUITO EM QUESTÃO
*
LUIZ BENÍCIO
Minha amiga Dalinha,
Bastinha eu não conheço,
Já você eu quero bem,
E também tenho apreço,
Mas vocês duas brincando,
Rimando e versejando,
Sei que isso não tem preço.
*
DALINHA CATUNDA
Aprecio o periquito
Que faz seu ninho no toco
Quando a mãe vai dar comida
Pelado mostra o pescoço
Mas depois que cria pena
Bate asa e sai do oco.
*
BASTINHA JOB
Eu conheço um periquito
Coitado nasceu pelado
Ele cresceu peludinho
Velho ficou enevado
Nada fala,nada canta
É um velho esclerosado!
*
DALINHA CATUNDA
Sei que você com certeza
Não cumpriu direito o rito
E deixou de dar mingau
No bico do periquito
Que ficou avariado
Hoje parece um sibito.
*
BASTINHA JOB
É a lei da gravidade
Cai até meteorito
Despenca a ema o condor
Mesmo o pequeno mosquito
Não tem grandão que resista:
Cai pinto, cai periquito!
*
DALINHA CATUNDA
Passarinho que se preza
Multiplica-se não tomba
Pois sempre sobram os ovos
Depois que esmorece a pomba
E dessa renovação
Somente doido é quem zomba.
 *
LUIZ BENÍCIO
Eu gosto de ver as duas
Versejando pra danar
Dalinha é harmoniosa
Bastinha é singular
Com estrofes muito belas
Gosto muito quando elas
Capricham no linguajar.

*
*
Caros amigos,

Tive o prazer de compartilhar encontros de trabalho com o Mestre Bráulio do Nascimento, quando trabalhei na Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, para onde destinou sua coleção de folhetos de cordel. Foi um grande incentivador de minhas atividades com a literatura de cordel. Transitou com talento, competência e amor pelo universo do folclore e da cultura popular. Todos nós sentiremos sua falta. Seu trabalho deixa marca presente e viva em nossos corações.
Deixo aqui um carinho do que foi sua presença em minha vida.

Ao Mestre com carinho

Mestre BRÁULIO NASCIMENTO!
Quem é este personagem?
Este gigante festeiro...
Que traz em sua bagagem,
Nosso conto brasileiro.
Num trabalho garimpeiro.
Andou por muita paragem.
*
São muitos e muitos anos
De labuta popular
Conhecedor do escore,
Fez da cultura seu lar.
Fundou a famosa CAMPANHA
Esta, sua grande façanha,
No Folclore navegar
*
Mas não parou por aí
Foi além, muito além.
Estudou os belos contos,
Desde os tempos de Belém.
Os de reis e de rainhas
E também de princesinhas
Fosse um conto ou fossem cem
*
Sua visão sem fronteiras
Semeou muito estudo
Conhecimentos reais.
Foi amigo de CASCUDO
O conto marcou sua vida
Em pesquisa aguerrida
Nunca se ateve ao miúdo
*
Conquistou para a CAMPANHA
A sede pra trabalhar
Transformou em Instituto
Para a FUNARTE brilhar
Sempre querendo expandir
Para o povo refletir
E um lugar pra frequentar
*
No terreno do Palácio,
Perseverante, incansável
Conquistou belo espaço
p’uma obra admirável
Ampliando o Museu
Que representa o plebeu
Instituição sustentável
*
Obrigada, professor
Pela sua companhia
Os amigos deste Centro
Só refletem poesia
Tê-lo conosco, é presente,
Com sua presença frequente
Para nossa alegria
(Rosário Pinto)
(2013)