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terça-feira, 29 de setembro de 2015

CURTIÇÃO VIRTUAL ENTRE POETAS

O DOUTOR E DUAS IMPACIÊNTES
*
DALINHA CATUNDA
A Bastinha com Dalinha
Resolveram Pelejar
Doutor Sávio entrou na rinha
Mas acho que deu azar.
*
SÁVIO PINHEIRO
A trepadeira, Catunda,
É planta que sai da linha,
É planta que só abunda 
Na plantação de Bastinha.
*
DALINHA CATUNDA
A trepadeira que abunda
Só não sobe em Pinheiro
É pau fraco de segunda
Onde o cupim dá ligeiro.
*
SÁVIO PINHEIRO
Pinheiro é madeira nobre
Que o cupim não danifica
Ela é tão alta que cobre,
Ela é tão forte que fica.
*
DALINHA CATUNDA
Pinheiro nunca foi nobre
Nem aqui nem no Japão
Única coisa que cobre
É defunto no caixão.
*
SÁVIO PINHEIRO
Mesmo preso num caixão
O Pinheiro tem estampa,
Ele morto de emoção 
É duro e levanta a tampa
*
DALINHA CATUNDA
Branco meio amarelado
Nem segura a dobradiça
Tem o miolo brocado
A madeira é quebradiça.
*
BASTINHA JOB
Quando a gente fica velho
Tudo fica derrubado
Até o próprio evangelho
Assina esse atestado
*
DALINHA CATUNDA
Agora chegou Bastinha
Pra me ajudar na encrenca
Com a nossa ladainha
O seu pinheiro despenca.
*
BASTINHA JOB
Meu pinheiro veio um pinto
Que picando amoleceu
O pau amarelo e tinto
Num cantinho feneceu.
*
DALINHA CATUNDA
Pau branco e amarelado
Como pinheiro da dó.
Se por traça é atacado
Termina virando pó.
*
DALINHA CATUNDA
Competente é o doutor
Na tal colonoscopia
Onde o homem faz amor
Só a mão ele enfia.
*
BASTINHA JOB
Nessa época digital
Usar a mão é conforto
A impressão mais legal
Substitui quem tá morto!
*
SÁVIO PINHEIRO
A pizza é massa, um amor,
Que traz aquele gostinho,
Diferente do doutor,
Que só recebe o cheirinho.
*
DALINHA CATUNDA
Coitadinho do Doutor
Que na sua profissão
Sente apenas o odor
Suspira passando a mão.
*
SÁVIO PINHEIRO
O Pinheiro é pau bonito
Que sobe até no natal.
Aquecendo o periquito,
Não vejo nada imoral.
*
DALINHA CATUNDA
Pinheiro pau esquisito
Só serve pra fazer cruz
Foi um pinheiro maldito
Que crucificou Jesus.
*
SÁVIO PINHEIRO
O Pinheiro é um instrumento
Um pouco tímido e sapeca
Fica todo mais sedento
Quando vê a perereca.
*
DALINHA CATUNDA

Joguei praga num Pinheiro
Que só era uma merreca
De janeiro a Janeiro
Ele dorme na cueca.
*
BASTINHA JOB
Se ele dorme de cueca
Que tem pinto sem dinheiro
Não vale uma merreca
É galo sem galinheiro!
*
SÁVIO PINHEIRO
O fumante sofre muito
Por ver morrer o seu taco
Coitadinho do infeliz
Que sofre pelo tabaco.
*
DALINHA CATUNDA
Quando vejo o Pinheiro
Que de madeira é só naco
Sei por que é só no cheiro
Que ele encara o tabaco.
*
DALINHA CATUNDA
Bastinha cara amiga
A rinha esta desmontada
O doutor perdeu a briga
E a dupla foi aclamada.
*
Dalinha Catunda
Caro Doutor obrigada
Pode voltar pro plantão
A luta foi animada
Volto noutra ocasião.
*
Interação virtual Com:
1 - Bastinha Job – Cordelista da ACC
Academia dos Cordelistas do Crato
2- Dalinha Catunda – Cordelista da ABLC
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
3 - Sávio Pinheiro– Cordelista da ABLC
Academia Brasileira de Literatura de Cordel

Xilo de Cícero Lourenço

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