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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

DALINHA CATUNDA E LINDICÁSSIA NASCIMENTO

DALINHA CATUNDA E LINDICÁSSIA NASCIMENTO
*
DALINHA CATUNDA
A paixão é poderosa
Chega feito um vendaval
Por pouco tempo faz bem
Se durar muito faz mal
A verdadeira paixão
Nos faz perder a razão
Nos faz sair do normal.
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Na redoma dos desejos
Do próprio amor que viveu
A paixão faz um lamento
Por tudo que aconteceu
O sentimento é banal
Acaba por ser um mal
Daquele amor que morreu!


*
Foto do acervo de Lindicássia

DALINHA CATUNDA E GREGÓRIO FILOMENO

DALINHA CATUNDA E GREGÓRIO FILOMENO
*
GREGÓRIO FILOMENO
Com as cambadas que estão
Enroscadas no poder
Como é que podemos crer
No futuro da nação?
Onde cada espertalhão
Acha que roubo é normal
Só o pai celestial
Pra nos livrar desses lodos
MESMO ASSIM DESEJO A TODOS
BELA NOITE DE NATAL !
*
DALINHA CATUNDA
*
Com supremo conivente,
E com Calheiros e Cunha,
Lama pior quem supunha?
Presidente incompetente,
Com povo condescendente,
O desgoverno é total!
Amigo não leve a mal,
Aqui só temos engodos.
“MESMO ASSIM DESEJO A TODOS
BELA NOITE DE NATAL !
*

Ilustração: SPONHOLZ –

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O NASCIMENTO DE JESUS



O NASCIMENTO DE JESUS
1
A narrativa que faço
Não é minha invenção
Pra contar já me benzi
E fiz minha oração
Peço a Deus discernimento
Pra falar do nascimento
De quem trouxe a salvação
2
Nas linhas de cada verso
Cumprirei o meu papel
Seguindo sempre a risca
O tema desse cordel
A vinda do Deus menino
Sua saga seu destino
Prometendo ser fiel.
3
Tudo isso começou
Com José e com Maria
Que ficaram radiantes
E replenos de alegria
Quando Miguel o arcanjo
Com sua boca de anjo
A boa nova dizia.
4
Assim deu ele a notícia
Com jeito e com muito tino
Que do ventre de Maria
Nasceria um menino
Maria daria a luz
Ao filho de Deus, Jesus,
O sagrado ser divino.
5
Com o casal satisfeito
Não havia desengano
Mas veio de Cesar Augusto
O Imperador Romano
Uma nova lei criada
E a família sagrada
Tinha que mudar de plano.
6
A sua terra natal
Todos tinham que voltar
Porque Cesar resolveu
A população contar
O motivo foi exposto
Foi por causa do imposto
Que ele decidiu cobrar.
7
A família de José
Voltava para Belém
A fim de cumprir a lei
E se registrar também
Com dor a pobre Maria
No caminho padecia
Mesmo assim dizia amém.
8
Foi uma viagem longa,
Deixou Maria cansada
E se aproximava a hora
Por todos tão esperada
Sem achar hospedaria
José fez o que podia
De maneira improvisada.
9
Ele avistou um estábulo
Onde montou seu abrigo
O ambiente era limpo
Lá não corriam perigo
Com palha forrou o chão
Improvisando um colchão
Fugindo do desabrigo.
10
Por sobre a palha, José,
Uma manta estendeu
Ali deitou o casal
Que descanso mereceu
Para geral alegria
O menino de Maria
A meia noite nasceu.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A Xilogravura de Juazeiro do Norte, Gilmar de Carvalho

A Xilogravura de Juazeiro do Norte, Gilmar de Carvalho.
Um dos momentos de grande importância no encontro do IPHAN, foi o lançamento da belíssima obra do notável pesquisador Gilmar de Carvalho. Os participantes do encontro foram agraciados com esse magnifico livro onde a xilogravura reina absoluta.
Nota de Dalinha Catunda

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

AS MULHERES DO CORDEL

*
O sol anuncia o dia
Com perfeita harmonia
No nascente a alegria
Apontando o despertar
O melhor se espera ainda
Ao anoitecer que finda
Enraiando a lua linda
No quadrão a beira mar.
*
Lindicássia Nascimento –
Barbalha - CE região do Cariri Cearense
Técnica em Fruticultura Irrigada pelo Instituto Centro de Ensino Tecnológico ( CENTEC) pelo CVTEC - Barbalha
Nascida no campo, onde exala cheiro do mato, onde a terra é fértil e os mananciais de águas vivas sobressaem com nitidez nas encostas da chapada do Araripe, irrigando o solo que sustenta a vida. Cenário inspirador que me motiva a compor versos e poesias. Sou filha de agricultores. Mãe de um casal de filhos, indubitavelmente bênçãos de Deus. Cordelista, sócia fundadora da Sociedade dos `Poetas de Barbalha (SPB), ocupando a cadeira de Nº 6, tendo como patrono, Minerva Diaz de Sá Barreto, a voluntária da paz. Com 15 títulos publicados e temas variados, carrego no peito o gosto pela literatura de cordel e a vontade de propagar inspirações poéticas.
Atualmente, sou Educadora de Ciências agrárias, do Pro jovem Campo Saberes da Terra, no município de Barbalha e Facilitadora da oficina de literatura de cordel do projeto Mais Cultura nas Escolas 2015 da EMEIF-Bom Jesus e Iniciativa Parceira do referido Projeto.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O CANTADOR MAL AMADO


O CANTADOR MAL AMADO
1
Conheci um cantador
Que se exibia na feira
Das bandas do Ceará
Comedor de macaxeira
Era bem chato o sujeito
Em todos via defeito
Metia mesmo a madeira.
2
Um dia ele me pegou
E deu o maior sermão
Querendo discutir rima
Também metrificação
Escutei a ladainha
Mas a vontade que eu tinha
Era de sentar-lhe a mão.
3
Só ele tinha valor,
Só ele era preparado
Dele era a melhor rima
Em verso metrificado
Gostava de criticar
E chegou mesmo a rasgar
Um cordel lá no mercado,
4
Um vate principiante
Foi lhe mostrar um cordel
Ele rasgou o folheto
Numa atitude cruel
E depois no chão jogou
O cidadão humilhou
Fazendo feio papel
5
Qualquer um aceita crítica
Aceita uma correção
Não se aceita é grosseria
Nem falta de educação
Isso não é competência
Eu chamo incoerência
Essa é minha opinião
6
Descrevo aqui o sujeito
Que parece um caburé
Se sentado é pequeno
Parece menor de pé
A orelha do fulano
É daquelas de abano
Ficam fora do boné.
7
Voz de taquara rachada
Tem o dito repentista
E fanhoso que nem ele
Nunca vi nenhum artista
Pois a voz do infeliz
Sai mesmo é pelo nariz
Mas ele não baixa a crista.
8
Quando está na cantoria
Bota a bandeja no chão
Cada pessoa que chega
Ele faz apelação
E vai pedindo dinheiro
Junto com um companheiro
Cada qual o mais pidão.
9

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ANDANÇAS PELO CARIRI CEARENSE



















ANDANÇAS PELO CARIRI CEARENSE
.
Estou regressando depois de longos e importantes dias. Aos poucos irei repassando para vocês essa minha maratona cultural.
Estive em alguns eventos no Cariri Cearense.
Apresentei-me na Mostra SESC Cariri de Culturas, com o Grupo Flor do Cariri, inserido num conjunto de apresentações do Grupo, Café com Verso na Casa de Vó.
Participei do projeto Cordel na Feira, do SESC do Crato, na homenagem aos 25 anos da Academia dos Cordelistas do Crato.
Participei do programa de Vandinho Pereira da TV Verde Vale, Ceará Diverso. Lançando um cordel, Me apresentando com Josenir Lacerda, num cordel cantado e com Fátima Correia um numero musical.
Participei do IV Seminário do Verso Popular, promovido pela ACC, Academia dos Cordelistas do Crato.
Do encontro do IPHAN, que vem discutindo o registro do cordel e do repente como bem imaterial.
E por último, para minha grande alegria, A Sociedade dos Poetas de Barbalha, presenteou-me de maneira magnífica, pondo meu nome em sua Cordelteca.
Quero agradecer a minha amiga cordelista Josenir Lacerda, que dividiu comigo a criação do Grupo Flor do Cariri. E foi quem primeiro me levou para essa terra abençoada onde a cultura faz morada.
Meu muito obrigada ao Vandinho Pereira, que patrocinou e lançou meu cordel, e fez algumas gravações comigo alguns para seu programa, Ceará Diverso.
Agradecer a presidente da ACC, Academia dos Cordelistas do Crato, Anilda Figueiredo que se desdobrou em mil e consegui organizar um Seminário impecável. Parabéns, Anilda, você é nosso orgulho.
Agradecer e parabenizar, Beth e Rosilene e todo pessoal do IPHAN pela simpatia e a oportunidade que tivemos de discutir mais uma vez sobre a Literatura de Cordel e seu futuro.
A Reunião e união, a confraternização dos cordelistas e repentistas marcou significativamente esse encontro.
Meu abraço a todos.






segunda-feira, 9 de novembro de 2015

NO TOPO ESSE MEU REPENTE.

POUCO A POUCO EU COLOQUEI
NO TOPO ESSE MEU REPENTE.
 Mote de Silvano Lyra
*
Eu fui prestando atenção
E como quem nada quer
Fiz meu verso de mulher
Evocando inspiração
No pé de cada oração
Fiz a rima coerente
Da métrica sou ciente
E foi assim que cheguei:
POUCO A POUCO EU COLOQUEI
NO TOPO ESSE MEU REPENTE.
Dalinha Catunda
*
Não sei se devo ou não
Colocar minha colher
Mas como toda mulher
Faço até mesmo questão
De fazer minha oração
Apesar de ser ciente
Que não é muito decente
Entrar nesta que entrei
POUCO A POUCO EU COLOQUEI
NO TOPO ESSE MEU REPENTE.

Vânia Freitas
*

Xilo de Cícero Lourenço

quinta-feira, 29 de outubro de 2015












A LAMA DA SEPULTURA
COBRE OS ORGULHOS DA VIDA.

Mote de Simorion de Matos---
*
Da vida nada se leva
Depois da grande vertigem
Voltamos à nossa origem
O barro de Adão e Eva
Depois que a alma se eleva
A matéria é consumida
A cova só não liquida 
O ouro da dentadura
A LAMA DA SEPULTURA
COBRE OS ORGULHOS DA VIDA.

Gregório Filomeno
*
Coitada da pobre dama
Que só as pregas quer ser
Do pedestal vai descer
Pois já perdeu sua fama
Do cetim da sua cama
Saiu quem lhe deu guarida
Agora desprevenida
Sabe quanto a vida é dura
A LAMA DA SEPULTURA
COBRE OS ORGULHOS DA VIDA.


Dalinha Catunda

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

 RUMORES DO MUNDO POLÍTICO
*
O Brasil é uma beleza
Vejo com satisfação
Nesta terra abençoada
De fato não tem ladrão
Tudo que ouço falar
Vejo outro replicar
Que é golpe e invenção.
*
Lula não tá enrolado
Nem também Renan Calheiros
Eduardo Cunha não tem
As contas nos estrangeiros
Essa onda de propina
Só sai de língua ferina
Os chamados fofoqueiros.
*
Levantar falso é pecado
Mas se faz nessa nação
Vejo estampado em jornais
Também na televisão
Um monte de gente à toa
Falando da turma boa
Do mais alto escalão
*
Tudo isso é mentira
Quiçá seja só miragem
Político brasileiro
Não vive de sacanagem
Isso tudo é só maldade
A nossa sociedade
Não entende a engrenagem.
*
Pegaram Dirceu pra Cristo
Meu Deus que judiação
Por duas vezes o coitado
Recebeu condenação
Ele e Fernando Baiano
Para evitar maior dano
Não apontam seu patrão.
*
Segundo os fofoqueiros
Tem mais gente na quadrilha
E é só questão de tempo
Pra pegar a camarilha
Se Moro dá seu aval
A polícia federal
Acaba achando trilha.
*
Dilma abre sua boca
E diz com convicção:
- No meu governo não tem
Nem teve corrupção.
Será que eu sou jumenta
E a senhora presidenta
De fato é quem tem razão?
*
O povo fala demais
E já virou ladainha
Fala em dinheiro na meia
Também dentro da calcinha
Dizem que a fonte não seca
Enfiaram na cueca
O dólar que não definha.
*
Nunca houve mensalão
É balela lava Jato
O chamado petrolão
Não passou de um boato
Tudo é só estardalhaço
O povo eterno palhaço
É quem vai pagar o pato?
*
Versos de Dalinha Catunda

 Charge SPONHOLZ

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

"NO REINO DA GATUNAGEM/ TUDO RIMA COM LADRÃO."


"NO REINO DA GATUNAGEM 
TUDO RIMA COM LADRÃO."
*
Coitada da pátria amada
Coitada da mãe gentil
Na mão desta classe vil
Constantemente roubada
Sinto-me acabrunhada
Com esta situação
E não vejo solução
Pra reter a sacanagem
"NO REINO DA GATUNAGEM 
TUDO RIMA COM LADRÃO."
Dalinha Catunda
*
Nosso Brasil brasileiro
é um país molestado.
Quem trabalha é maltratado, 
todo dia, o ano inteiro,
não merece ter dinheiro 
(que é chamado de quinhão), 
mas políticos, esses não, 
são os reis da malandragem...
"NO REINO DA GATUNAGEM 
TUDO RIMA COM LADRÃO."
David Ferreira
*
Mote de Dalinha Catunda
Charge Bessinha

terça-feira, 29 de setembro de 2015

HOJE NÃO TEM CANTORIA TEM SÓ VIOLA A CHORAR.

HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR.
*
Pras bandas do Juazeiro
A viola emudeceu
O repente entristeceu
Pois se foi Silvio Granjeiro
Cantador e violeiro
Que a todos soube encantar
Com seu jeito de cantar
Com sua sabedoria
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR.
Dalinha Catunda
*
Companheira lastimosa
Recostada ali num canto
Parece conter o pranto
Pela perda dolorosa
Como se a face amorosa
Visse o dono se ausentar
Sem poder lhe acompanhar
Tristonha, ela silencia
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR
Josenir Lacerda
*
 Faço versos pro poeta
Que partiu sem sua viola
A tristeza me assola
A tristeza me afeta
Poesia incompleta
Lá se foi Silvio Granjeiro
Embaixador verdadeiro
Perdi minha alegria
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR.
Ulisses Germano
*
Com Dalinha compartilho
A dor dessa perda grande
Minha tristeza se expande
A viola não dedilho;
Mas vejo o clarão do brilho
De quem foi iluminar
O céu está a cantar
Toda a terra silencia:
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR.
Bastinha Job

*
Meu adeus ao violeiro
Que para o céu foi embora
A sua cidade chora
Está de luto Juazeiro.
E triste o Nordeste inteiro
Com seu povo a lastimar
Por não ouvir mais cantar
Esse ás da poesia
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR...
Tonico Marreiro
*
A poesia também chora
Com saudade da sua rima
O verso ficou sem clima
Cedo você foi embora
Lá no céu Nossa Senhora
Vai ouvir o seu cantar
Sua viola vai encantar
E levar muita alegria
"HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR".
Vânia Freitas
*
Sua vida foi cultura
Sua linguagem o cordel
Seu verso um favo de me
Vocabulário “u’a” fartura
Sua pessoa “u’a” doçura
Nasceu para versejar
Juazeiro seu lugar
Sua arte a poesia
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR...
Luiz Ferreira Liminha
*
 De abaiara para o mundo
Assim foi sua trajetória
Não me sai da memória
Esse dom tão profundo
Ele do sertão oriundo
soube bem representar
A cultura do lugar
em glosa e poesia
HOJE NÃO TEM CANTORIA
TEM SÓ VIOLA A CHORAR
Israel Batista
*
O Cariri está triste
Pelar partida do bardo,
Que conduziu o seu fardo
Da melhor forma que existe.
Sua alegria resiste
Em nossa mente morar,
Lembraremos seu cantar
Toda hora, a cada dia.
HOJE NÃO TEM POESIA,
SÓ TEM VIOLA A CHORAR.
Chico Joânio
*
O verso que ele fazia
Não faltava nem sobrava
e Por onde ele cantava
so espalhava alegria
Seu repente e poesia
O seu doce recitar
O seu caráter exemplar
Agora é só nostalgia 
HOJE NAO TEM CANTORIA
SÓ TEM VIOLA A CHORAR. 
Regiopidio Gonçalves Lacerda
*
Aproveito este momento
Pra também compartilhar
De uma tristeza sem par
De angustia e sofrimento
Sílvio partiu no momento
Que mais podia cantar
E ninguém vai superar
A arte que ele trazia
HOJE NÃO TEM CANTORIA
É SÓ VIOLA A CHORAR
(Vandinho Pereira)

Homenagem a Silvio Granjeiro

Num mote de Dalinha Catunda.