Seguidores

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

VAQUEIRO POR PROFISSÃO

   










VAQUEIRO POR PROFISSÃO
*

ADELMO VASCONCELOS
O passado nunca passa
Para o nosso vaqueiro
Ele sempre tange o gado
De janeiro a janeiro
Fazendo sua história
Aventura, trajetória
De valente boiadeiro.
*
DALINHA CATUNDA
O vaqueiro hoje em dia
Mudou muito em meu sertão.
Tange a boiada de moto
Esquecendo a tradição.
No sertão modernizado
O sêmen é retirado
Touro não cobre mais não.
*
ADELMO VASCONCELOS.
O vaqueiro tem com ele
A força do nordestino
Mostra raça, valentia
Desde os tempos de menino
Ele é nosso herói
Só não é rico, playboy
Nem tão pouco é paladino.
*
DALINHA CATUNDA
O vaqueiro quando gosta
De tocar uma boiada
Bota seu chapéu de couro
Come poeira na estrada
Montado solta seu canto
Ouvindo sempre me encanto
Totalmente enamorada.
*
ADELMO VASCONCELOS
A poeira na estrada
Faz o vaqueiro tossir
Ele monta seu cavalo
Já sabe aonde ir
O boi tem sua ciência
O vaqueiro, persistência
E nunca vai desistir.*
*
DALINHA CATUNDA
É boiada é boiadeiro
É poeira e é sertão
É perneira é espora
É festa de apartação
É valentia no laço
E peão sem embaraço
Jogando seu boi no chão.
*
ADELMO VASCONCELOS
É o canto do aboio
É um bom relho na mão
É o sol quente no rosto
É ser fiel ao patrão
É seguir uma novilha
E nunca perder a trilha
De um gado barbatão.
*
DALINHA CATUNDA
É espinho de jurema
Ralando corpo e gibão
É o boi ralando o peito
Correndo atrás o peão
É valentia dobrada
A profissão é suada
Mas pra nós é tradição.
*
ADELMO VASCONCELOS
Concordo com seu poema
Nosso vaqueiro merece
Ele não teme espinho
Tem sono, não adormece
A luta é evidente
Mas tem quem, infelizmente
Não preza, não reconhece.
*
DALINHA CATUNDA
Conto eu canta você
Essa saga sertaneja
Onde o valente vaqueiro
É figura que maneja
Os versos que vão surgindo
E nós vamos exibindo
Num quase tom de peleja.
VERSOS DE DALINHA CATUNDA E ADELMO VASCONCELOS

Um comentário:

  1. Dalinha: Amei ler lindo, mas hoje em dia já não é como antigamente, eu ainda criança guardava ovelhas e cabras e andava descalço com uma vara na mão, as terras eram lavradas com arado puxados pelos bois hoje é com um tractor é tudo diferente. Parabéns aos dois.
    Beijos
    Santa Cruz

    ResponderExcluir