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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Direto do Cedro, Bico de Lamparina


BICO DE LAMPARINA

*

A vaca de mãe era bela
Mui mimosa e preferida
A Bico de lamparina
Passava a vida sumida
A venta era tinta preta
E nunca ficou parida

A vaca não dava cria
E pai dela não gostava
E a bichinha ela sabia
Que só mamãe a tolerava
Era igual a forrageira
A comida devorava!

E era sim terna e dengosa
E assim a  vida a levava
Vindo a “marvada” da seca
Mesmo assim ela luxava
A pobre de lamparina
Pras tiras fora levada!

Mãe ficou muito aperreada,
Tratou dela com ração
A bichinha já era velha
Deus tem dela compaixão!
Quero Lamparina morta,
A sofrer neste torrão!

E Bico de Lamparina,
À tarde bateu suas botas
E Mãe toda chorosa era
Lamentando a vaca morta
Mas disse, Deus obrigada,
E livrai-me de outra morta !

*

Versos de Mary-Lucy

Mary-Lucy, mora no Cedro-Ce, é Pedagoga, Professora, Contabilista, membro da Associação Cearense de Escritores- ACE- e Diretora Adjunta de Literatura da Casa da Cultura de Cedro, recém organizada por uma equipe comprometida com a Educação e Cultura, não somente em Cedro, mas no estado e país como um todo e tem a honra de ter como presidente e mentor intelectual, Francisco de Assis Clementino, o  "Tizim".

*

Mary- Lucy, obrigada pela contribuição, é bom ter mais uma cidade do Ceará neste espaço de cultura popular, Cedro está bem representada por você.

Meu abraço, Dalinha Catunda
Foto do acervo de Dalinha Catunda

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