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domingo, 30 de junho de 2013

A força que vem do povo

Dideus Sales
Cansado dos desgovernos
Instalados na nação,
O povo levou às ruas
A sua indignação,
Protestando e exigindo
O fim da corrupção.
*
Movimento Passe Livre
Protesta na hora certa,
O veemente reclamo
Deixa a nação em alerta
E o desejo de fazer
Outros protestos desperta.
*
A mobilização feita
Pelas redes sociais
Provocou efervescência,
Tornou-se forte e tenaz,
E mostrou o quanto a mídia
Eletrônica é eficaz.
*
Ao ouvir declarações
Dispersas, fiquei surpreso,
Pensei: esse movimento            
É frágil, não é coeso,
Mas um leque de reclamos
Deu ao protesto mais peso.
*
Um cartaz expressa o caos
Instalado na política,
Outro, que a nação não cresce,
Parou, ficou paralítica,
Mas sempre a corrupção
É alvo da maior crítica.
*
Outros itens incomodam
E o Brasil todo protesta:
Nosso transporte é ruim,
A segurança, funesta,
A saúde, um mal crônico,
Nossa educação modesta.
*
Nas exigências da FIFA,
Qualquer ingênuo percebe
A clareza franciscana,
É dando que se recebe,
Tanta obra assim, ilícita,
Às claras, não se concebe.
*
Em tudo que a FIFA manda
Fazer, o Brasil investe,
Construindo estádio em tempo
Recorde, passou no teste,
Mas anda em ritmo de lesma
Qualquer obra no nordeste.
*
Quando o povo marcha unido,
Nem que chova canivete,
Faz florescer resultados,
Como exemplo, o delete
Aplicado com urgência
A tal PEC 37.
*
Esse despertar do povo
Deu ao povo confiança
Que os poderes se alinhem,
Reflitam, façam mudança...
Deu ao Brasil uma pauta,
E a gente, mais esperança!...
*
Foto e texto de Dideus Sales.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Expressão Feminina na Literatura de Cordel

CORDEL DE SAIA apresenta os resultados de participação em encontro realizado pelo IFRJ.  A recepção de professores e alunos foi extremamente agradável e produtiva.
Pesquisar no YOUTUB:

A Expressão Feminina na Literatura de Cordel




Publicado em 18/06/2013
Orientadora: Andrea Motta
Orientandas: Aline Ribeiro e Sabrina Veloso
Câmeras: Camila Lima e Raphaela Machado
Edição: Camila Lima

Agradecimentos: Dalinha Catunda e Rosário Pinto


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Publicação de Beth Balthar


CORDEL DE SAIA DIVULGA: 
Beth Balthar, que nos oferece a publicação do livro "Representação Temática da Informação na Literatura Popular de Cordel" pela Editora Appris - Coleção Ciências da Informação.
Agradeço especialmente a Profª. Drª Maria de Fátima Barbosa de Mesquita Batista, pela orientação da tese, a Profª. Drª. Nair Yumiko Kobashi que me honrou com o Prefácio e a Editora Appris que concretizou o meu sonho.

O livro  "Representação Temática da Informação na Literatura Popular de Cordel" será lançado no CBBD e no ENANCIB 2013.

O livro já está à venda no site da Editora Appris: http://www.editoraappris.com.br

quarta-feira, 26 de junho de 2013


CORDEL DE SAIA traz para sua pauta um dos mais lúcidos versos de José Walter, que  expressa em versos a realidade em que vivemos. É competente no versejar e na coerência das denúncias. PARABÉNS, poeta.


VEM PRA RUA, BRUMADO

Paciência tem limite
Diz o adágio popular
E viver só de esperança
Já não se pode aceitar
Pra sair do berço esplêndido
O povo tem de lutar

Ir às ruas protestar
Sem temer a reação
Do Poder constituído
Que comanda esta Nação
Em todos os escalões
Num mar de corrupção

Camuflando a podridão
Vive atuando o Congresso
Com falsa legislação
Atravancando o progresso
Favorecendo a desordem
Em que o país vive imerso

E nesse falso processo
Do seu Desenvolvimento
O povo vai pelejando
Carregando o sofrimento
Fruto da desigualdade
Que transborda no momento

Assim o padecimento
Tem motivos variados
Para a revolta do povo
Pelos direitos negados
Dentro da realidade
Como podem ser provados

Sendo à sorte, relegados
E à mercê das falsidades
Padecem os brasileiros
Tanto do campo ou cidades
Salvo os privilegiados
As mesmas desigualdades

São reais necessidades
De saúde e educação,
Terra, trabalho e teto
Segurança e proteção
Garantidos pelo Estado
Sem nenhuma distinção

Direito à locomoção
Respeito à dignidade
Para todo ser humano
Com vida de qualidade
Sem drogas, sem violência
Garantia de liberdade

Que seja cada cidade
Um espaço de prazer
De alegria em cada praça
Com muito esporte e lazer
Sem diferenças de idades
Pra dar gosto de viver

Acima de tudo é dever
De qualquer um cidadão
Saber cobrar seus direitos
E buscar a proteção
Nos preceitos garantidos
Pela Constituição

À violência dizer, não
E da droga ficar fora
Sem se deixar corromper
Denunciar sem demora
Corruptos de plantão
Que agem a toda hora

A mentira não vigora
Quando encontra resistência
Só a coragem prospera
Frente a qualquer prepotência
Defender nossos direitos
É ato de consciência

Não é nenhuma imprudência
Os protestos coletivos
Quando o povo vai às ruas
Com verdadeiros motivos
Em manifesto pacífico
Distante dos atos nocivos

Nos momentos decisivos
Agir com serenidade
Não pichar nem destruir
Apenas por crueldade
Bens públicos e privados
Existentes na cidade

É boa a oportunidade
Do protesto brasileiro
Para mostrar aos turistas
O cenário verdadeiro
Do país do futebol
Que gastou tanto dinheiro

Um futuro alvissareiro
É o desejo premente
De um Brasil sempre mais novo
Construído no presente
Pelo labor do seu povo
Forte, unido, consciente!

Marchemos, pois, minha gente!
De mãos dadas nesta tarde
Numa só voz entoando
O brado da liberdade
Pelo mundo anunciando
A nova realidade

A hora e a vez da verdade
Ecoando sobranceira
Não mais a corrupção
É o fim da roubalheira
Mude querida Brumado
Mude Nação Brasileira!.

José Walter Pires
Uma colaboração para a marcha de Brumado em 20.06.2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mulheres autoras na Cordelteca – Memória da literatura de cordel.


CORDEL DE SAIA traz, mais uma vez  o rol de mulheres poetizas que compõem a Cordelteca - Memória da literatura de cordel, da Biblioteca Amadeu Amaral/CNFCP/Iphan/MinC. O objetivo é estimular novas autoras a enviarem seus folhetos para a composição dessa árvore de memórias.

A Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular disponibiliza em mídia digital, no Portal www.cnfcp.gov.br, seus acervos de recortes de jornais (Hemeroteca), folhetos de cordel (Cordelteca), xilogravuras (Xiloteca), Catálogos da Sala do Artista Popular (SAP) e Revista Brasileira de Folclore. Os projetos têm como objetivo difundir os acervos junto a instituições similares, bem como para pesquisadores nacionais e do exterior e a todos os interessados na área de conhecimento da cultura popular.
*
A Cordelteca – Memória da literatura de cordel, da Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan/MinC tem sob sua guarda, hoje, 9.086 exemplares dos quais 7.936 títulos já digitalizados e disponíveis para leitura on-line, a partir da Base de Dados do Portal do CNFCP - www.cnfcp.gov.br. Temos 47 poetizas  e 162 títulos. É mote para boas pesquisas.
*
Com a listagem abaixo, esperamos contribuir para a divulgação das mulheres poetizas que de "musas", passaram a autoras, editando seus títulos, decidindo suas temáticas e suas modalalidades. Afinal, elas sempre foram as responsáveis pelas tradições da oralidade, desde a maternidade.

Não deixe de clicar nos links para fazer a leitura, na íntegra dos folhetos aqui selecionados.
1) Adélia Carvalho de Oliveira

C4317 Oliveira, Adélia Carvalho de. O peregrino de Deus. Petrópolis: Vozes, [19--]. 16 p
C4088 Corrêa, Alba Helena. O silêncio do Patativa. In: O último vôo do Patativa. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, 2002. p.

C5797 Oliveira, Adélia Carvalho de. O grumete que descobriu o Brasil. [S.l.: s.n.], 2000. 20 p.

2) Altino Alagoano [Maria José das Neves Batista Pimentel]

C2283 Altino Alagoano [Maria José das Neves Batista Pimentel]. O viulino do diabo ou o valor da honestidade. [S.l.]: MEC/Pronascec Rural - SEC/Pb - UFPb - Funnape, 1981. 48 p.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

FESTAS JUNINAS

FESTAS JUNINAS

É o mês de junho Chegando
Mudando a cor do sertão.
Sertanejos fervorosos,
Demonstram sua devoção.
Fazem festa pra São Pedro,
Santo Antônio e São João.

O “arraiá” enfeitado
com bandeiras multicor.
Aluá, pinga e quentão,
Dão a festa mais sabor.
Fogos fogueira e fagulhas,
Magia, encanto e fulgor.

Batata doce na brasa,
Pé-de-moleque e canjica,
Tem pamonha e milho verde,
E sem provar ninguém fica.
É o gosto Nordestino,
É fartura é mesa rica.

A quadrilha ensaiada.
O gritador  de plantão.
Sanfoneiro puxa o fole,
Começando a animação.
O noivo não quer casar,
Mas não tem outra opção.

“ Olha pro céu meu amor,
veja como ele está lindo”.
Velhas canções embalam,
As paixões que vão surgindo.
Jovem vira sonhador,
E o velho vira menino.

É quadrilha e casamento,
Fogueira e animação,
forró, bebida e comida
Dando cor as tradições
É o sinal de fumaça,
Reunindo multidões. 

+
Versos e foto de Dalinha Catunda

terça-feira, 18 de junho de 2013

Publicação de artigo: Grandes romances e a mulher na literatura de cordel, 1º capítulo



CORDEL DE SAIA informa que foi publicado artigo, Grandes romances e a mulher na literatura de cordel, 1º capítulo , foi analisado e publicado no portal Webartigos.com em 13 de junho de 2013, no endereço:
Espero que possa acrescentar algum conhecimento e também curiosidade literária.
Meus agradecimentos aos amigos que puderem deixar aqui seus comentários.



quarta-feira, 12 de junho de 2013

FICAR E NAMORAR
*
Esta onda de Ficar
Ainda não assimilei.
A conquista me atraía
De caça me disfarcei,
Para ficar bem na mira,
Daquele que namorei.
*
Se flertar saiu de moda,
Imagine então namorar!
A onda agora é outra,
Nem precisa paquerar,
Basta apenas chegar junto
Rolando um clima, ficar!
*
Confesso sinto saudades,
Dos antigos rituais.
Um bilhete, uma rosa,
E as juras dos casais,
Beijos e rostos corados,
Que hoje não se vê mais.
*
Flerte, namoro, noivado,
Já deu o que tinha que dar.
A graça dos velhos namoros
São histórias a se contar.
Diz-me os novos tempos,
Que o lance mesmo é ficar!
*
Mas quem um dia ouviu,
Uma serenata de amor.
No meio da madrugada,
Na voz de um trovador.
Dispensa o verbo ficar,
Para apostar no amor!

N
este poema quero homenagear os namorados de todos os seguimentos, desde os românticos aos mais modernos. 12 de junho dia dedicado aos namorados

Texto: Dalinha Catunda
Foto:cifrantiga.wordpress.com