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sábado, 1 de setembro de 2012

CENTENÁRIO DE JORGE AMADO

CORDEL DE SAIA CONVIDA poetizas e poetas, em geral, que tragam para a cena o romancista Jorge Amado, para compor, em qualquer modalidade, versos sobre este baiano que trouxe para a cena personagens do sertão e da cidade para narrar suas lutas por liberdade em tempos de coronelismo feudal. Buscou exaltar a mulher, fosse ela dama, retirante, prostituta, cozinheira e, que lutaram de forma aguerrida por liberdade de vida e de expressão. Homem desprovido de preconceitos tratou de menores de rua,  homossexuais carentes de perspectivas de vida. Nos trouxe o homem do mar, da boemia e das bebedeiras, . Não esqueceu de conceber personagem de trabalho nas lavouras de cacau, em que as condições de trabalho beiravam a escravatura. Mas... sem nunca perder as esperanças de um mundo mais igualitários para todos. Apelou para os orixás em sua descrições dos festejos populares em que se misturaram a religiosidade tradicional e a popular.
Teve a felicidade de compartilhar a vida com Zélia Gathai, mulher forte, guerreira e companheira em sua trajetória de escritor mais traduzido em todo o mundo.
*
Jorge Amado em sua ternura,
Expôs todas as mazelas,
De senhoras e donzelas,
0 mar bravio se afigura:
Aos marujos, só candura.
Mulheres subservientes
De coronéis incompetentes
Das festas, a alegria.
Das meninas, ousadia!
Em romances imponentes!
(Rosário Pinto)
cordededesaia@gmail.com
*
Jorge Amado e as mulheres
*
Jorge Amado retratou
A mulher com maestria,
Sem pudor deu garantia,
A tudo que revelou,
E foi assim que contou
A saga de Gabriela,
Que além de livro é novela,
Com cenário no Nordeste.
Criou Tieta do Agreste,
Grande sucesso na tela.
(Dalinha Catunda)
*
Cem anos de Jorge Amado,
amado foi e será
por este Brasil afora, 
dos pampas ao Grão Pará;
da Bahia todo encanto
ele cantou no seu canto
com bênção de orixá.
(Nezite Alencar)
nezitealencar@globo.com
*
o maior protagonista
de nossa literatura
dono de vasta cultura
fértil escritor modernista
nosso maior romancista
sua arte é atemporal
no romance ficcional
é ímpar , inigualável
seu estilo incomparável
deu-lhe fama mundial
(Bastinha Job (Academia dos cordelistas Crato\CE)
 bastinhajob@ig.com.br
*
Salve esse Jorge guerreiro
Estandarte dos baianos
Que ora completa cem anos
Exemplo de brasileiro
No magistral romanceiro
Um rico e vasto legado
No mundo à fora espalhado
Enaltecendo o Brasil
Do nosso povo gentil
Para sempre Jorge Amado!
(Josenir Lacerda)
josenirlacerda@hotmail.com
Academia dos Cordelista do Crato
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
*
Você já foi à Bahia?
Se não foi, peço que vá !
Jorge Amado ainda vive
Em cada canto de lá
Nas ruas, igrejas, danças
Nos costumes, nas lembranças
E nas águas de Iemanjá!

(Antonio Barreto/BA)
abarretocordel@hotmail.com
*
Falando de Jorge Amado

Com “Capitães de Areia”
eu conheci Jorge Amado
fiquei logo apaixonado
pelos livros do baiano.
Cavaleiro da Esperança”
Gabriela” e sua dança,
naveguei com “Berro d’Água”
vagando no oceano.
(Zealberto Costa- Maceió Alagoas)
*
Eu me lembro Jorge Amado
De muitos anos atrás,
Tanta saudade me traz
No presente, este passado,
Seu talento consagrado
Nas vidas que fez história.
Ficou na minha memória
Seu grito pela verdade;
"Subterrâneos da Liberdade"
Toda sua trajetória.
(Creusa Meira/BA)
*
O grande estado baiano
Tem muita gente famosa,
Como bem foi Rui Barbosa,
Na oratória decano.
Em Haia não teve engano,
Mostrando diplomacia.
Jorge Amado tem valia
Até em terra estrangeira.
Foi escritor de primeira
Que um centenário faria.
(Cícero Pedro de Assis)


Também vieram compôr conosco Dideus Sales e Cleusa Santos, veja os primeiros versos, depois leia-os na íntegra.
*
TRÊS GÊNIOS DO NORDESTE
HOMENAGEM A NELSON RODRIGUES, JORGE AMADO E LUIZ GONZAGA
*
Nelson Rodrigues, cronista,
Dramaturgo iluminado;
O genial Jorge Amado,
Fulgurante romancista;
Luiz Gonzaga, um artista
Da sanfona e da canção,
Três notáveis na invenção,
Três gigantes, três arcanos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson Jorge e Gonzagão.
(Dideus Sales)
dideussales@bol.com.br
*
Jorge Amado
O amado do Brasil
*
Divino Deus da poesia
E de toda a criação,
Ajude-me na tarefa
Dando-me inspiração,
Pra falar de Jorge Amado,
Este escritor consagrado
Em toda nossa nação!
(Cleusa Santo)
cascordel@yahoo.com.br
*
VENHA COMPOR CONOSCO E HOMENAGEAR ESTE GRANDE ESCRITOR, que também sofreu discriminações literárias.
Aguardamos sua participação!
Envie para cordeldesaia@gmail.com



Três símbolos deste país
Deixaram enorme lacuna:
Amado, de Itabuna,
Do Exu, o rei Luiz,
Nelson deixou seu matiz
Na robusta produção.
Os três com certeza não
São sagrados nem profanos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Três corcéis soltos sem rédea
Nos campos férteis das artes,
Três cetros, três estandartes
Três estros além da média
Nelson deu alma à comédia,
Luiz criou o baião,
Jorge leu com emoção
Os sentimentos baianos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Três bússolas, três timoneiros
Três videntes, três estetas
Três sonhadores poetas
Três autênticos brasileiros
Três mágicos, três feiticeiros
Três luzes na amplidão
Três sementes de emoção
Lançadas em solos planos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Três cascatas, três rochedos
Três rapsodos etéreos
Três enigmas, três mistérios
Três boêmios, três aedos
Três decifráveis segredos
Três bombas numa explosão
Três invernos no sertão
Três destinos, três ciganos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Três plantadores de sonhos
Três jardineiros, três lagos
Três caminheiros, três magos
Três vencedores medonhos
Três estafetas risonhos
Três aves de arribação
Três faróis na escuridão
Três naus em três oceanos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Três geniais nordestinos
Três astros incandescentes
Três jazidas, três torrentes
Três lentes, três paladinos
Três artistas genuínos
Três monstros da criação
Três mundos de inspiração
Três deuses, três soberanos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão.

Jorge Amado absoluto
Em seu ideal político;
Nelson Rodrigues um crítico
Controverso e muito astuto;
Luiz Gonzaga um matuto
De apurada aptidão,
Os três legaram à nação
Feitos quase sobre-humanos.
Três gênios fazem cem anos
Nelson, Jorge e Gonzagão
(Dideus Sales)

Mil novecentos e doze,
Em dez de agosto nascia,
Nosso amado escritor
No estado da Bahia.
Jorge um grande guerreiro,
Retratava o brasileiro,
Na luta e na folia!

Se ele estivesse vivo
Cem anos ia completar,
Mas sua obra esta viva
Para gente se orgulhar!
Vale a pena ler amado,
É fácil e bem detalhado,
Com fluência no narrar!

Filho de João Amado
E dona Eulália Leal,
Descreveu como ninguém
Brasil de forma geral.
Falou do trabalhador
Do cacau e seu sabor
De uma forma sem igual!

Casado com Zélia Gatai
O seu amor verdadeiro.
Desta mulher especial
Ele foi o companheiro.
Ela também escrevia.
Foi autora de anarquistas
Um romance Brasileiro!

A Bahia com o seu povo
Tinha a sua preferência,
Falava dos pescadores
Muitas vezes de violência.
Da Tieta do agreste,
Do homem cabra da peste,
Do Brasil a sua essência.

Gabriela despertou
O desejo escondido.
Dona flor que desfilava
Com a dupla de marido.
Um morto que retornava
E em sua cama deitava,
Bem depois de ter morrido.

Fez o gato malhado
E a Sinhá Andorinha.
Quincas Berro D`Água
E uma estrela no mar tinha!
Tereza Cansada de Guerra,
Ele descreveu mar e terra
Da forma que lhe convinha!

Fez a terra dos sem fim
E o cavalo esperança.
O capitão de Areia
Era um drama de criança.
Castro Alves e o abecedário,
Um verdadeiro relicário.
É do Brasil esta herança!

Sobre todas as suas obras
Terei muito que falar,
Na verdade este poema
Foi só para desejar:
Muita luz, grande escritor,
Nos braços do criador
E sua paz venha gozar!

Dizer também que o Brasil
Sente um orgulho danado,
De você ser brasileiro
E ainda afamado!
E se um dia retornar...
Venha no Brasil morar,
Meu guerreiro Jorge amado!
(Cleusa Santo)
*

De “São Jorge dos Ilheus”
Fui às “Terras do Sem Fim”,
tudo era encanto pra mim,
Visitei “Jubiabá”.
Com os “Velhos Marinheiros”
percorri toda Bahia,
recebendo todo dia
proteção de Oxalá.
.
O País do Carnaval”
é terra de “Dona Flor”,
que viveu por seu amor
mesmo depois dele morto.
Bahia de todos Santos”
de “Tieta do Agreste”.
que deixei no vento leste,
triste, chorando no porto.
.
Primeiro ví Salvador
nos livros de Jorge Amado
depois fui ver com cuidado
tudo o que ele escreveu.
Lá estavam Pelourinho,
a Baixa do Sapateiro,
Igrejas pro ano inteiro,
um mundo que me envolveu.
.
A culinária baiana
me deixou enlouquecido
Ficava meio perdido
sem saber o que comer.
Acarajé, abará,
moqueca de camarão,
Cebola, dendê, quentão.
tive medo de morrer.
.
Minha singela homenagem
ao homem, ao romancista,
que inspirou tanto artista
do presente e do passado.
Seus livros ganharam o mundo
mostrando o Brasil trigueiro
ao povo do estrangeiro,
Salve, Salve Jorge Amado.
*
(Zealberto Costa- Maceió Alagoas)

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