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domingo, 12 de dezembro de 2010

Quadras Natalinas

Essa era a minha família, nos tempos de minha infância (falta o pai, que estava sempre a trabalhar). Naquela época, o Natal tinha um caráter de festa em que comemorávamos o nascimento do mennino Jesus e, não havia a trocas de presentes, nem a necessidade deles. Brincar era uma coisa de "viver ao ar livre e criar seus próprios brinquedos" com imaginação e muita criatividade.
Natal da minha infância
*
Naquela data festiva
Natal de nossas infâncias
Meu pai fazia seresta
Pra alegrar suas crianças
*
Contávamos as estrelas
Se havia lua cheia,
Entendendo aquela teia
Que cercava nossa aldeia
*
Naquela família pobre
Presentes eram cadernos
Mimo era para o nobre
Não havia mais alternos
*
Éramos muito felizes
Vivendo de brincadeira
As árvores de raízes
E brinquedo de madeira
*
A gangorra era um tonel,
Com uma tábua por cima
Brincadeira de anel
Adivinhas? Só com rima
*
Era assim, nosso Natal:
Sempre com muita alegria.
Cansados, já no final
Da noite de fantasia
*
E em cada sapatinho,
Colocado na janela,
Tava lá o caderninho
No sapato ou na chinela
*
Natal de nossas infâncias
Jantar arroz de cuxá
Sete filhos, bem crianças,
Alegres, sempre a cantar
*
(Rosário Pinto)
Natal 2010
Veja também:
http://rosarioecordel.blogspot.com

Foto: Gentileza, fotógrafa de Bacabal, amiga da família. Nessa altura, éramos cinco filhos, depois vieram mais dois.

3 comentários:

  1. Olá Rosário,

    Engraçado, o papai Noel nos natais nordestinos não era tão generoso com as crianças.
    Mas éramos felizes com nossos arremedos de briquedos.
    Lembro-me que não podíamos perder a missa do galo e que o mais importante era o almoço no dia seguinte com a familia reunida.
    Parabéns pelas trovas, pela foto antiga da familia.
    Um abrço,
    Dalinha

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  2. Adorei, amiga. Família linda, especial!
    Sua trovas denotam sensibilidade e amor pela familia.
    Beijos
    Angela Boa NovA

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  3. A Angela Boa Nova
    Aqui deixou comentário
    Se você gostou da trova
    Já ganhei o meu salário

    Beijo, amiga querida,
    Rosário Pinto

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